segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Orações Escritas

Concorco com um texto do pastor luterano Rolf Schünemann. Os evangélicos brasileiros e latino-americanos não reconhecem como autêntica uma oração escrita, por causa de serem, em sua maioria, anti-católicos (que para mim isso é irrisório). É preciso nos desarmarmos e vermos como são lindas muitas orações escritas.

Abaixo, o texto do pastor Rolf Schünemann:

Oração Escrita e Oração EspontâneaPodemos louvar o Senhor e conversar com Ele através da música e das artes plásticas, porém na maioria das vezes o fazemos através da palavra, ou seja, através da oração espontânea. Este pequeno trecho, de uma carta do Pastor Sinodal Rolf Schünemann, nos lembra que além da oração espontânea também há outras formas:“A espiritualidade cristã evangélica contemporânea abandonou a tradição de escrever orações. Diz-se que não correspondem à espontaneidade e/ou inspiração da hora e do lugar que são proferidas. Suspeito, no entanto, que o abandono de orações escritas, ou a verbalização de orações comuns, tem sua origem na tradição anti-catolizante que caracteriza o protestantismo brasileiro, e, por extensão, todo o “mundo evangélico”.A afirmação da oração espontânea, por sua vez, tem a ver também com a rejeição da “reza”, enquanto repetição mecânica de um texto ou um conteúdo que se dirige a Deus. A “improvisação” e o “espontaneísmo” no entanto, nos fazem reféns de determinados termos e expressões que se repetem e acabam empobrecendo o conteúdo das orações.É claro que não podemos enaltecer uma forma e desprezar a outra. Na espiritualidade comunitária experimentamos situações muito diversas. Temos momentos formais e informais, solenes e espontâneos. A oração espontânea é datada no tempo e circunscrita a certo espaço. A oração escrita pode ter também estas características, mas ela ultrapassa as dimensões do tempo e do espaço.Na oração, coração e mente se encontram e se elevam a Deus. Na espontaneidade abrimos nosso coração e pensamos alto. Oração escrita é palavra meditada duplamente. Os modos e as formas não são excludentes. Ao fazermos uso de orações escritas ou pré-elaboradas não desconfiamos da ação do Espírito, mas confiamos que Ele atua também por meio delas.”
Rolf Schünemann Pastor Sinodal

domingo, 26 de agosto de 2007

Procurando Pensar

    A forma como penso sobre Deus não é uma forma de sistematizá-lo, ou seja, enquadrá-lo se ele pode ou não pode fazer isso ou aquilo. Ele pode fazer tudo que ele quiser. Mas para nossa limitação humana é evidente que ele agirá conforme alguma limitação, não porque ele seja limitado, mas porque para ele agir com o homem (por questões de mal-entendimento não colocarei relacionar) ele se limitará. Aí já é um fato dEle poder tudo, ou seja, o fato dEle se limitar. Algumas pessoas vêem Deus de uma forma tão distante que não entendem que ele é quem demonstrou isso. O simples fato de que ele se transformou em homem para ter que se sacrificar e dar a redenção ao homem que o aceitar, já é uma forma que o homem só consegue achegar-se a Deus se Este se limitar para que aconteça o encontro. Por isso é que não paro de elucubrar, pois só se consegue obter alguma coisa sobre o Criador quando se desenvolve o intelecto e, é claro, andar como ele propôs que andássemos.

Marlon Marques